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Chuvas elevam nível do Rio Machado

Data da notícia: 14/01/2012
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>As equipes do Corpo de Bombeiros já estão em prontidão para auxiliar as famílias desabrigadas

(Josias Brito) A chuva forte que caiu nas madrugadas de quarta, quinta-feira e ontem (13) em Ji-Paraná, no centro de Rondônia, voltou a elevar o nível do rio Machado que corta a cidade ao meio. De acordo com dados de uma estação telemétrica operada pela ANA (Agência Nacional de Águas), da 0 hora de quarta-feira (11) às 0 horas de ontem (13) foram computados mais de 200 milímetros de chuva. No mesmo período de observação, o nível do rio Machado saltou de 8,87 metros para 10 metros. O limite para a cota de permanência de 5% de enchente é de 9,78 metros.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120114d.jpg[/IMG] Ás chuvas torrenciais dos últimos dias e o histórico recente de alagamentos nos bairros próximos ao rio Machado tem alimentado as conversas da população ji-paranaense que vive na beira do rio. O CP voltou a conversar com alguns dos moradores de Ji-Paraná que na temporada das chuvas assistem a subida do nível pela janela de casa.
Maria Terra Sampaio, moradora há 11 anos de uma casa humilde que tem o rio Machado como fundo, disse que neste ano, o Machado está surpreendendo e tem subido muito rapido, ao contrário do ano passado. ?Por causa da chuva intensa do final do ano e que tem caído neste ano, estamos muito preocupados que a água do rio Machado atinja mais cedo a casas?, analisou.
Já dona Iraci da Silva, moradora da beira do rio há mais de 23 anos, contou que já viu várias cheias do rio Machado, e segundo ela, este ano é possível que ocorra uma cheia tão catastrófica como nos anos críticos, as chuvas de dezembro encheram mais o rio que corta a cidade. Iraci ainda disse que os últimos anos foram responsáveis por algumas das piores cheias que ela já viu. ?Desde 1992 que eu não via uns alagamentos tão feios. Teve ano que a água passou por cima do barranco e chegou até nas ruas?, narrou a ribeirinha.
O detalhe em comum de todos os depoimentos da população ribeirinha é a situação difícil das famílias que acabam sendo desalojadas de suas casas por causa das cheias do Machado.

NÍVEL DO RIO ? Um dos indicadores do nível é obtido através da régua de medição instalada no trecho urbano do rio. O instrumento é constantemente consultado pelo Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná para monitorar a subida do rio durante o período de chuvas.
Segundo informações do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, em 30 dias, o rio subiu mais de dois metros e segundo as previsões do tempo essa altura subirá. No inicio deste ano a altura do rio Machado era 8 metros. Ontem, a medição apontava em 10 metros.
Porém, segundo o Corpo de Bombeiros, esse nível ainda não desabriga nenhum morador, mas é preocupante. ?Essa subida da água está dentro da normalidade, mas estamos em alerta. Depois dos 10 metros, já ficamos de prontidão porque aí sim o rio vai estar em situação crítica, colocando em risco a população que mora perto da beira?, informou os bombeiros.
Os principais bairros afetados são o Bairro São Francisco, Duque de Caxias, Urupá, Casa Preta, Centro e parte do Primavera. ?Estimamos que em torno de 50 famílias chegam a ter a necessidade de sair de suas casas por causa de alagamentos. O lado positivo disso é que em 33 anos do Corpo de Bombeiros na cidade, nunca ninguém morreu afogado por causa de alagamentos?, afirmaram.

CHEIA NAS CABECEIRAS ? Os bombeiros explicam que as chuvas em Ji-Paraná determinam muito pouco a subida do nível da água na cidade. Conforme eles, para a água subir é preciso que se chova nos rios Melgaço e Pimenta Bueno, que são as cabeceiras do Machado?.
Mas existe um detalhe que costuma atrasar o início da cheia em Ji-Paraná, que é a diferença do relevo e do clima do local da cabeceira e da região de Ji-Paraná. Nas cabeceiras, a região é o final do planalto central e tem uma vegetação de cerrado. Isso influencia porque nas cabeceiras do Rio Machado é um regime pluviométrico diferente.


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